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Um tiro, pedaços de aço voando. Uma tentativa de corte, queimaduras pelo corpo. As balas não surtiam tanto efeito em combate corpo-a-corpo e Djonga apostou que Xamã não era bom com os punhos. Depois de várias tentativas frustadas de cortar algum membro do Darkmancer e vários passos para trás, Xamã provou que a aposta de Djonga foi totalmente equivocada. 
Um desvio e um jab na boca do estômago do Bloodmancer revelaram que Xamã era tão bom na curta-distância quanto no tiroteio, ele jogou a arma para cima e acertou uma sequência de socos que o desestabilizaram, seu pé descalço escorregou na neve e ao invés de aceitar e cair no chão, aproveitou seu novo ângulo durante a queda e com um rápido corte de sua lâmina de chamas fez com que Xamã sentisse uma dor diferente das todas que ele já tinha sentido. Djonga virou seu corpo e manteve-se em pé pulando para longea única coisa que caiu ao chão foi a mão esquerda de Xamã, sem nenhum sinal de sangue. 
POW POW 
Sem conseguir contar vitória, Djonga foi atingido por duas balas, no ombro e na barriga. Olhou para cima e viu o revólver caindo em direção de Xamã. 
“A arma pode atirar mesmo sem ele estar segurando?!” pensou ele se agachando e tentando aguentar a dor que o atacava. 
Xamã grunhiu de dor e percebeu que a lâmina era tão quente que já havia cauterizado o corte, então não morreria de sangramento. 
“Um problema a menos” 
Levantou a mão que restava e sua Extensão caiu perfeitamente na palma dela. Apontou para Djonga. 
POW POW 
Uma barreira de fogo vermelho estourou do chão e as balas derreteram no contato com ela. Os dois levantam para outra rodada. Passos rápidos na neve, outro choque corpo-a-corpo, uma coronhada na testa, Djonga desarma Xamã, a arma dispara no ar e Djonga consegue desviar, com isso ele entra na trajetória de outro soco do Darkmancer diretamente no queixo seguido de uma cotovelada giratória, já que a mão daquele braço estava caída ali atrás, dessa vez o Bloodmancer caiu de verdade no chão, o que lhe deu novas oportunidades. Acertou uma tesoura nas pernas de Xamã e fez ele desabar junto na neve. O revólver que estava caído em algum lugar das ruínas volta voando para a mão de Xamã e antes que pudesse atirar Djonga o desarmou novamente, o Darkmancer acerta mais socos enquanto estão no chão e logo levanta, erra uma forte pisada na costela e Djonga reestabelece sua postura se distanciando. 
Uma bala por trás acerta a perna direita de Djonga, que ajoelha de surpresa. 
“aquela bala que eu desviei caindo no soco dele deu uma volta!?” 
Xamã correu em direção à luta novamente. Outra barreira de fogo nasceu, e dessa vez ela se deslocou para cima dele, criando uma lâmina de hidrogênio no braço com sua mão, ele acerta com tudo o chão, uma grande quantidade de neve ascende em frente ao Darkmancer, o protegendo do forte fogo de Djonga que dissipou rapidamente. Recobrando a visão no alvo, o Bloodmancer percebeu que Xamã já estava com sua Extensão em mão, mirando diretamente nele. 
POW POW POW 
As balas seguiam uma rota estranha e os olhos de Xamã giravam loucamente, apenas uma delas acertou de raspão a bochecha de Djonga, a cortando superficialmente. As outras duas passaram longe. 
“é um plano! Elas vão voltar a qualquer momento! Tenho que queimá-las!” 
Com a troca de atenção, Xamã conseguiu fazer balas flutuarem de sua mochila para dentro da arma. Um belo blefe da parte dele. Djonga se virou à tempo de ver o Darkmancer se preparar para os tiros, o que ele não deixou lançando uma bola de fogo em direção de Xamã. Pulou e desviou da morte iminente enquanto suas duas balas voltaram e acertaram Djonga, uma raspando na cabeça e a outra em cheio no braço já quebrado de aço. 
“Não foi um blefe?!” pensou ele ao ver Xamã se levantando rapidamente da neve. 
Fez outra barreira de fogo e a jogou novamente em direção de Xamã, que respondeu da mesma maneira. A neve voou e impediu que o calor chegasse à ele, e mesmo assim, outra coisa o acertou. Sentiu várias pontadas pelo corpo, como se agulhas o acertassem sem uma maneira de contra-atacar. O fogo passou e Xamã viu a si mesmo começar a sangrar por vários lugares, tirou de um dos lugares que doía o que parecia ser uma agulha vermelha. 
“SANGUE!” pensou ele “ELE CONTROLA O SANGUE!” 

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